Análise: o que se espera do varejo para 2021?

por| 26 de novembro de 2020| 0 Comentários

*por Claudio Cruz, CEO do Tagsell

 

Depois de quedas bruscas de venda em abril, com índice 18,7% abaixo de fevereiro, o comércio varejista vem se recuperando pouco a pouco. Em agosto, cresceu 3,4%, na comparação com julho, ficando 8,2% acima do mês que precedeu o início da pandemia. Essa é a quarta alta mensal seguida, o que anima muito o setor. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que acompanha o desempenho do setor mês a mês.

Ainda é cedo para projetar números para 2021, mas é certo que será um período de retomada. Afinal, a população já estará relativamente habituada a transitar em um período de instabilidade. Mas uma coisa é certa: o consumidor e o mercado já não são mais os mesmos. Por isso, o comércio ou o varejo interessado em se manter competitivo atraindo a atenção dos clientes, precisará continuar se reinventando ou acelerar esse processo. Isso, em todas as frentes: da experiência do cliente, passando pela loja eficiente e a comunicação visual.

A primeira grande tendência são as marcas próprias, principalmente para itens de primeira necessidade. De acordo com a Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização (ABMAPRO), até o final de 2020, o consumo de itens dessas linhas deve aumentar 15%. O cuidado nesse processo está em firmar parcerias com fornecedores com boa capacidade produtiva e que garantam a produção de produtos de qualidade, além, é claro, da oferta de preços justos.

Outro ponto de atenção está na experiência do consumidor no contato com a marca. Mais do que nunca, ele quer uma compra com o mínimo de atrito, ou seja, o máximo de comodidade. Isso inclui serviço de delivery, pagamento facilitado por e-wallet e implementação de um e-commerce, sistema de autosserviço, entre tantas outras novidades. Isso sem falar na formatação de uma loja eficiente, com layout que garanta a fluidez na circulação e o mínimo contato físico entre as pessoas.

Nesse processo, é fundamental contar com uma equipe capacitada e engajada, que esteja genuinamente interessada em melhorar a experiência de compra dos clientes, sem perder de vista os interesses do negócio. Por isso, de agora em diante, será fundamental a implementação de uma gestão humanizada. Por mais que a tecnologia se estabeleça na sua empresa, no final do dia, os resultados do seu PDV também dependem das pessoas que nele operam.

Para finalizar, mas não menos importante: cuide do visual do seu ambiente. Nesse quesito, considere conservação das gôndolas, limpeza de todas as áreas, uniforme dos colaboradores, iluminação, disposição e embalagens dos produtos. Além, é claro, da comunicação visual por meio dos cartazes, que devem levar ao consumidor informação e não confusão.

Com relação a esse último item, para evitar inconsistências de dados, para garantir padronização e economia de tempo e de recursos, muitos PDVs têm aderido ao cartazista eletrônico. Trata-se de um software para produzir vários tipos de cartazes, que opera na nuvem, é de fácil utilização e pode ser acessado a qualquer hora e de qualquer lugar.

O novo normal ainda não se estabeleceu de forma definitiva. Mas saber que nada será como antes é um indicador para que o comércio e o varejo, pouco a pouco, vão se readequando. Afinal, além de não perder o espaço que já ocupa na mente dos clientes, quando o mercado reaquecer, você vai querer que o seu PDV esteja entre os principais competidores, não é mesmo?

 

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